Número de afetados por chuvas
no Paraná sobe
para 4 mil, diz Defesa Civil
1.854 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas; três morreram.
Houve queda de barreiras em acessos que ligam PR e SP.
Balanço divulgado pela Defesa Civil do Paraná neste domingo (31) mostra que aumentou o número de pessoas afetadas pela chuva que atingiu o estado na madrugada de sábado (30).
Agora são 14 municípios atingidos, 1.106 pessoas desabrigadas, 748 desalojadas, dezessete feridos. Não houve alteração no número de mortos (três) e desaparecidos (três).
No total, 4.041 pessoas foram afetadas, 764 casas foram danificadas e 81, destruídas. O número de pessoas afetadas inclui desabrigados, desalojados e pessoas que tiveram algum tipo de prejuízo, mas que permanecem em suas casas.
No sábado, o número de pessoas afetadas era de 3.387. Havia 778 desabrigados, 656 desalojados, 12 feridos, 719 casas danificadas e outras 73 destruídas.
Sengés
As três mortes ocorreram no município de Sengés, próximo à divisa com o estado de São Paulo. A cidade está sem comunicação por telefone ou rádio, de acordo com a Defesa Civil. O órgão informou que as três pessoas seriam da mesma família e estariam numa casa que acabou arrastada pela água.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros conseguiu um acesso por terra ao munícipio no fim da tarde de sábado. O local, no entanto, está sendo utilizado apenas pelas equipes de busca. Segundo os Bombeiros, carros de passeio não conseguiriam passar pelo local.
___________________________________________________________________________
Metallica compensa 11 anos de
ausência com
peso e amor em SP
Grupo tocou clássicos e agradou os fãs neste sábado (30).
Metallica volta a se apresentar no Morumbi neste domingo (31)
Já perto do fim do show de abertura do Sepultura, os holofotes do estádio do Morumbi se acendem, iluminando toda a plateia. O Metallica sabe que um bom show também depende também do clima do público, e essa estratégia simples, de trocar o ambiente para marcar a escuridão como o domínio do metal, ajuda a criar a atmosfera das as duas horas de peso que viriam a seguir no primeiro show da banda em São Paulo na noite deste sábado (30) durante sua mini-turnê brasileira de 2010.
Veja fotos do show do Metallica em São Paulo
Com um céu relativamente limpo e num raro dia sem chuva na capital paulista, a escuridão que precedia a introdução do grupo ao som de “The ecstasy of gold”, de Enio Morricone, era quebrada apenas pela lua cheia que iluminava palidamente o estádio.
Com os quatro veteranos do metal – cada um por seus devidos méritos – em cima do palco, o Metallica abriu o show com a faixa que tem tocado com mais frequência durante a “Death magnetic tour”, “Creeping death”, do álbum “Ride the lightning”. Cumprimentando a cidade com um sonoro “estão prontos?” em português, o vocalista e guitarrista James Hetfield emenda com a poderosa “For whom the bell tolls”, também do disco azul de 1984.
Amor pelos fãs
Para um grupo de rock pesado e com cara de mau, o Metallica parece andar cheio de amor, especialmente pelos fãs. Antes de “Broken beat and scarred”, do último álbum “Death magnetic”, de 2008, James faz um discurso agradecendo o apoio da “família Metallica”. “Muito obrigado por nos apoiarem com a gente nos momentos mais difíceis e nos bons momentos como esse. Fiquem juntos sempre, e tudo estará bem”.
Mais cedo, durante a breve entrevista coletiva no salão nobre do Morumbi, o vocalista também falava da “paixão” dos fãs latino-americanos, especialmente dos brasileiros, e voltou a tocar no tema antes de “Sad but true”, dedicada ao Sepultura. “Eles, assim como nós, sabem que vocês gostam do som pesado. Vocês querem mais peso?”, provocava.
Com um show pontuado por mais momentos de “o Metallica ama vocês”, eles nem parecem a banda que há dez anos chegou perto de processar os próprios fãs que compartilhavam as suas músicas no Napster, e também soam bem mais felizes e à vontade do que na época do controverso álbum “St. Anger”, de 2003, que quase fez o grupo ruir.
O repertório da apresentação foi quase inteiro de clássicos, exceto por quatro faixas de “Death magnetic” – além de “Broken beat and scarred”, “That was just your life”, “The day that never comes” e “The end of the line”, todas do lado A do disco. De resto, foram três músicas da estreia “Kill’em all” (“The four horsmen”, “Motorbreath” e “Seek and destroy”), três de “Ride the lightning” (além das duas na abertura, a pesada balada “Fade to black”), a faixa-título de “Master of puppets”, outras três de “... and justice for all” (“Harvester of sorrow”, “One” e “Blackened”) e mais três do megaplatinado “Black album” (“Sad but true”, “Enter Sandman” e “Nothing else matters”).
Técnica perfeita
Com quase trinta anos de estrada e mais de cinco na formação atual com o baixista Robert Trujillo, eles não precisam provar mais nada em termos de técnica. A guitarra solo de Kirk Hammet é uma das principais estrelas da noite, cobrindo todos os espaços, e mesmo atrás do kit de bateria Lars Ulrich esbanja seu carisma dinamarquês, levantando-se da banqueta sempre que possível. Apesar de se encaixar sonoramente com perfeição, Trujillo é um pouco mais fanfarrão do que seus colegas, como demonstra na esteticamente questionável mania de girar com o baixo no fim do show.
_____________________________________________________________________________
Muitos feridos do Haiti podem morrer sem
tratamento nos EUA, dizem médicos
Americanos suspenderam voos que levavam vítimas a hospitais nos EUA.
Haiti prendeu 10 americanos suspeitos de roubar crianças após terremoto.
O médico Barth Green, chefe do instituto de Saúde Comunitária da Universidade de Miami, que está envolvido nos esforços de ajuda ao Haiti, alertou que centenas de feridos pelo terremoto que devastou o Haiti no último dia 12 correm o risco de morrer se os EUA não retomarem os voos para levá-los a hospitais americanos.
Cobertura completa: terremoto no Haiti
Green disse que alguns pacientes precisam "desesperadamente" de transferência" para hospitais melhores fora do país.
O tremor do dia 12 matou pelo menos 170 mil haitianos e deixou milhares de feridos e desabrigados, além de ter arrasado a capital, Porto Príncipe, e cidades próximas.
Green disse que apenas poucas centenas das dezenas de milhares precisam ser retiradas do país.
Os EUA suspenderam temporariamente as retiradas aéreas de haitianos na quarta-feira, por conta de uma discussão sobre quem arcaria com os custos de tratamento. A discussão teria sido levantada pelo governador da Flórida Charlie Christ, mas foi negada por autoridades de saúde do estado americano.